Desisti de entender…

O ser humano me cansa um pouco. Dependendo da hora do dia e da quantidade de cafeína na veia, ele me cansa MUITO. Será que sou só eu?

Por exemplo, tem coisas que eu não entendo. Gastei um tempão tentando entender, mas chega uma hora em que eu tenho que pensar em como pagar as contas, e a partir deste momento eu aceito. Não concordo nem endosso, eu deixo quieto.

Assim, tem gente que é grosseiro, rude, desnecessariamente agressivo e bocó ao comentar post de outras pessoas. Se for um post absolutamente ridículo e sem propósito, olha, eu nem sequer leio! Agora, se for algo pertinente e eu não concordar, preciso ficar fazendo bullying com o autor? Tipo aqui! Gente, a Clarissa escreve de maneira fluida, limpa, aberta. Ela ajuda muita, mas muita gente com seus textos. Só que tem gente que não concorda com as opiniões dela e ficam ofendendo. OFENDENDO. Sendo que as opiniões, se você ler este texto em questão, são bem condizentes com o pensamento de muitos. E não agridem ninguém. Nem ofendem. Nem machucam. Nem entristecem.

Já tem outras coisas que desisti há tempos, mas vira e mexe me pego estupefata (já disse que adoro usar esta palavra?) Tenho minha religião e freqüento semanalmente o local. Sou voluntária ali, sempre tendo em mente que o importante é fazer o melhor possível e ajudar o máximo aos assistidos. Pois bem, repito que é um local onde podemos rezar. Só e tudo isto! Que tenham assistidos que reclamam, ótimo! SE são assistidos, a priori eles estão com problemas e vão ali em busca de auxílio. MAS E QUANDO QUEM RECLAMA SÃO OUTROS VOLUNTÁRIOS/TRABALHADORES? E reclamam do trabalho que você faz, não eles! Olha, devo ter aprendido tudo errado quando criança, porque aprendi que a gente tem que primeiro julgar nosso trabalho para depois julgar o alheio. Errado, a gente tem que se preocupar com o nosso próprio trabalho. O do outro ele que cuide.

Não vou tentar entender quem faz piada com judeu, criança, gordo, nerd (…) – lista infinita. Não tentarei também entender porque alguns mentem, roubam, matam. Doentes para mim devem procurar e obter ajuda. Acho que o todo obteria vantagens se individualmente as pessoas melhorassem.

Eu não acho é nada. Vou ali cuidar da vida e volto já!

Troque “subtilezas” por “gentilezas”… e “para aí virada” por “a fim de”…


Eu não tenho todas as respostas

E isto é importante que fique bem claro! Eu NÃO tenho todas as respostas! Aliás, eu acho que tenho todas as perguntas, mas respostas… longe disto.

Então eu não vou opinar quando alguém me perguntar o que acho. Não importa o que eu acho. Importa o que a pessoa acha! Na verdade, “achar” para mim é algo tão sustentável quanto um castelo construído em cima de areia.  Movediça.

Só que, não sei porque (e aqui abro um parênteses para dizer que não sei qual “porque” usar aqui… então vai este mesmo), as pessoas tendem a querer saber minha opinião sobre os assuntos. Particulares. E agora, José?

Posso ter toda a boa vontade do mundo e querer te ajudar do fundo da minha alma, mas a verdade é que seria uma tremenda de uma irresponsabilidade da minha parte dar minha opinião. Não sou alguém gabaritada para dar opiniões. E minhas opiniões são MINHAS, baseadas em minhas vivências e cicatrizes acumuladas durante a vida. Não são certas nem erradas, são únicas! Porque (vai este de novo) cada um tem uma vida única. Clichê, mas verdadeiro!

Então, quando eu não quiser dar minha opinião, acredite, estou fazendo o melhor que posso! E posso não dar minha opinião, mas ainda assim ouvirei tudo o que você tem a dizer e tentarei bolar um plano mirabolante para vermos, juntos, possíveis saídas. A partir daí é com você! Livre-arbítrio. Seu. Só seu.

Só quero TODO mundo bem. É que sou egoísta sabe… Acredito que o que eu desejo volta para mim em dobro, então desejo que TODOS fiquem bem, e faço minha parte para que isto aconteça…

Olha, na verdade eu não opino porque eu não sei a resposta… porque se eu soubesse e fosse te ajudar, eu opinava…


Como você gosta de ser tratado(a)?

É isto mesmo! A pergunta é bem simples! Só que ela não é óbvia…

Pergunto isto porque eu realmente não sei a resposta sabe? Pode parecer que sim, mas esta pergunta não é retórica! E sabe como eu vejo isto? Quando eu vejo alguns tratamentos que as pessoas usam com os outros… Explico:

Eu adoro ler! Sempre fui fã de livro, minha casa é uma mini-biblioteca. Pois bem, hoje em dia tenho lido blogs também, e de assuntos bem variados! Sou eclética e tenho fases fúteis, então já viu ne?

E eu gosto de ler os comentários também (cada louco com sua mania). Ver se teve mais gente que sentiu o texto como eu senti… E muitas vezes me espanto com o que leio! Pessoas que discordam do texto são absolutamente escrotas nos comentários. Quer um exemplo? Aqui ó. Ou aqui. Poderia citar vários outros links, mas me atenho a este porque eu falo com a Clarissa, e sei que ela não merece muito da energia que rola ali.

Tem gente que, por discordar da opinião alheia, sai cuspindo marimbondo! Gente, tem dó! Quer dizer que só porque o outro pensa/acha diferente de mim eu vou pra cima dele? Brigar? Ofender? Não é possível que as pessoas discordem em termos de opinião RESPEITANDO a alheia?

É isto que eu não entendo… Porque eu parto do princípio: trato os outros como eu gosto e quero ser tratada! Trato todos com educação, não grito, não ponho dedo na cara, não ofendo, sorrio, escuto e ouço (sim, são coisas distintas) o outro. Nem sempre concordo com as idéias e ideais expostos, mas nem por isto começo um quiproquó horroroso! Porque eu sou fina e não desço do salto? Não, mas é porque eu respeito o que o outro é! E pensa! E sente!

Se a pessoa tem valores absolutamente distintos dos meus, bom, nem perco meu tempo lendo!  Se for construtivo gasto minha retina ali sim, mas só neste caso. A incomodada (eu, no caso) se muda! Sim! Não leio, não perco meu tempo, até porque ele tá passando e eu não estou ficando mais nova.

Na verdade, escrevo apenas para refletir um pouco sobre a questão: porque as pessoas tratam os outros com agressão verbal ou física, agridem, brigam, gritam, xingam, trolam, fazem da vida do outro um inferno, e tudo aparentemente de graça? Por uma questão de princípio? Princípio do que, cara-pálida? Vocês gostam de ser tratados assim? Jura?

É bom porque fica fácil fácil de eu saber quem eu quero ou não perto de mim…

PS – Caso eu vire as costas e saia andando, não é nada pessoal! Simplesmente me incomodei! E me mudei! Só isto…


“Eu não tenho forças…”

Uma amiga de uma amiga disse a frase acima a respeito de um relacionamento dela… Na ocasião, ela estava em um relacionamento que pode ser descrito em vários adjetivos, mas apenas um basta: ela não estava feliz!

Eu sei que é um tema batido e sim, tenho consciência de não ter gabarito suficiente para falar sobre o assunto. Exponho apenas minha opinião, baseada nas cicatrizes que eu acumulei durante a vida. Só que o tempo passa, conhecemos amigos e pessoas novas, olho ao lado independente de onde estiver e está ali: pessoas infelizes em seus relacionamentos!

Quem não tem, quer! Quem tem, bom, quem tem faz o melhor que pode! Solidão dá medo, às vezes fazemos coisas impensáveis quando alguém nos dá um pingo de atenção (atenção = migalha). A culpa é nossa até onde nos fazemos isto… mas isto penso depois…

Voltando à situação: a moça em questão estava há anos presa em um relacionamento que não a fazia feliz! Ela tinha consciência disto, ela sabia, ela SENTIA a infelicidade crescendo dentro dela… E óbvio que quem olha de fora fala: “Sai desta, é roubada! Sai desta, o cara não serve para você! Sai desta, vai ser feliz! O que é seu está guardado!” Um dia ela disse a frase: ela sabia de tudo, mas não tinha forças para se libertar daquilo…

Acredito em livre-arbítrio! Sei sim o quanto é difícil abrir mão de algo que você tem, mesmo que ruim. Já vivi o suficiente para saber que escolher é abrir mão, que existem coisas inexplicáveis na vida, que tudo sempre dá certo no final… Mas na prática, eu penso nesta frase às vezes… “Eu não tenho forças…”

A gente tem forças que nem sabe! A gente é muito, mas muito mais forte do que imagina! De vez em quando o mundo cai, e você sai correndo remediando… quando a poeira assenta é que você vê como foi capaz de fazer o que fez, como foi forte e lidou com a situação. Quando tem algum amigo ou pessoa querida precisando de algo, fazemos das tripas coração para ajudá-la e só sossegamos quando conseguimos… bom, eu sou assim…

Daí eu paro e penso nesta frase… Por que que às vezes, quando é conosco, a gente não tem forças?

PS – a estória ainda não acabou… mas, por agora, ela teve forças…