Baseado em várias estórias reais…
Publicado; 27 de maio de 2011 Arquivado em: Tentando Ser Romântica ou A Esperança é a Última que Morre Deixe um comentário-Alô.
-Alô.
-Tudo bem?
-Tudo, e você.
-Eu tô bem também…
(Silêncio)
-Ok. Bom saber.
– Amiga, eu acho que estão me traindo.
– (respiro fundo e paro o que estava fazendo) Calma. Espera. Porque você acha isto?
– Porque eu sei.
– Sabe como?
– Eu sei!
(horas e horas e horas de conversa).
– Você jamais terá a certeza absoluta, mas para tudo o que você disser eu tentarei dar uma explicação lógica. Então me diz: você se baseia em que para dizer que estão te traindo?
– Eu não sei explicar. Eu sinto. Eu sei.
(…)
Tem coisas que a gente sabe. Sabe porque nós temos a resposta dentro da gente, como um relógio de bateria infinita que fica com seu tic-tac incessante. Fazer isto ou aquilo? Racionalizamos um monte, sendo que no fundo, bem lá no fundo, a gente já sabia o que fazer ou não. Desde o princípio.
Este saber interno pode ser várias coisas, dependendo do que a pessoa acredita. Pode ser um anjo da guarda falando no seu ouvido, pode ser uma intuição mais desenvolvida, pode ser sorte, pode ser insanidade. Vários nomes para uma única certeza: a gente sabe.
Podemos procurar justificativas quando queremos justificar o injustificável. Podemos procurar atalhos, contratar detetives, ir em cartomantes, ler livros, pedir conselhos, pagar terapeuta, fazer bungee-jumping. Tudo para ver se recebemos uma resposta para nossa dúvida.
Nada disso é necessário. Lá dentro, no fundo, a gente sabe.
Sempre soube.
PS- baseado no texto “O grito”, da minha escritora amada Martha Medeiros. E em várias estórias reais…