Baseado em várias estórias reais…

-Alô.

-Alô.

-Tudo bem?

-Tudo, e você.

-Eu tô bem também…

(Silêncio)

-Ok. Bom saber.

– Amiga, eu acho que estão me traindo.

– (respiro fundo e paro o que estava fazendo) Calma. Espera. Porque você acha isto?

– Porque eu sei.

– Sabe como?

– Eu sei!

(horas e horas e horas de conversa).

– Você jamais terá a certeza absoluta, mas para tudo o que você disser eu tentarei dar uma explicação lógica. Então me diz: você se baseia em que para dizer que estão te traindo?

– Eu não sei explicar. Eu sinto. Eu sei.

(…)

Tem coisas que a gente sabe. Sabe porque nós temos a resposta dentro da gente, como um relógio de bateria infinita que fica com seu tic-tac incessante. Fazer isto ou aquilo? Racionalizamos um monte, sendo que no fundo, bem lá no fundo, a gente já sabia o que fazer ou não. Desde o princípio.

Este saber interno pode ser várias coisas, dependendo do que a pessoa acredita. Pode ser um anjo da guarda falando no seu ouvido, pode ser uma intuição mais desenvolvida, pode ser sorte, pode ser insanidade. Vários nomes para uma única certeza: a gente sabe.

Podemos procurar justificativas quando queremos justificar o injustificável. Podemos procurar atalhos, contratar detetives, ir em cartomantes, ler livros, pedir conselhos, pagar terapeuta, fazer bungee-jumping. Tudo para ver se recebemos uma resposta para nossa dúvida.

Nada disso é necessário. Lá dentro, no fundo, a gente sabe.

Sempre soube.

PS- baseado no texto “O grito”, da minha escritora amada Martha Medeiros. E em várias estórias reais…


The End Colorido

Sabe quando você vai para uma batalha sozinha, quer dizer, com Deus ao lado e a família dando força? Pois bem, vira e mexe vou para estas batalhas. Só que, algumas raríssimas vezes, conheço outros guerreiros pelo caminho.

Fui para uma destas lutas em abril/maio, já não me lembro direito. E nesta última batalha em que fui conheci, totalmente ao acaso e graças ao Nosso Senhor do Bonfim do Wi-Fi, uma pessoa que se mostrou, acima de tudo, bem humorada! E eu desconfio de pessoas eternamente de mal-humor sabe? São pessoas estranhas estas…

Pois bem, ele foi até o final da batalha e conseguiu fincar a bandeira no topo da montanha. Eu não consegui subir tudo, mas fiz o meu melhor e por isto tenho a sensação de dever cumprido. A vitória foi real para ele, após uma eternidade de renúncias em busca de um objetivo.

Só que alguns tomaram um atalho. E isto foi descoberto. E os que subiram a montanha toda, com todos os seus percalços, tiveram suas bandeiras arrancadas sem que lhes fosse sequer dado o direito de vislumbrar a vista lá de cima.

Esta é uma estória real, de pessoas reais, que ainda não terminou. Não sei como se dará o “The End”. Só sei que sei na pele o que é cruzar a linha de chegada, comemorar, gritar, chorar, mas daí perder tudo em segundos. Tenho como última imagem desta pessoa ela virar para a gente (tinha mais um no jogging até SDU) e gritar: GENTE, É MEU ÔNIBUS! E virou e saiu correndo, com a mochila nas costas.

Que dê tudo certo, meu amigo… E que quando eu chegar no topo da montanha eu finque minha bandeira lá no alto, bem fundo e bem sólida, para que nenhum terremoto, tsunami ou tornado a arranque ou destrua. E que ela só saia de lá se eu quiser! Só assim!

Porque eu simplesmente não pararei de subir, não importa quantas vezes eu escorregue e caia. Até o topo. The End.

Ainda me encontro no “to be continued”. Não sei como será meu “the end”. Mas posso garantir que será colorido…


O que você quer para o futuro?

Um amigo me perguntou uma vez se eu achava que ganhava bem. Disse que sim, melhor do que a média do mercado. Ele disse então que não queria saber minha opinião objetiva, e sim se eu me achava corretamente recompensada pelo meu trabalho. Dai que surgiu a conversa que levou à pergunta: o que eu quero para o futuro?

Porque o que eu ganho agora está ok. Mas não é o que eu quero! Eu busco coisas melhores, não apenas em termos de valor. Busco novos incomes (e quem não busca), conhecer novas pessoas, novos lugares para ir… experiências e vivências novas.

Dai eu virei e disse, sem prensar: eu quero um emprego que me permita poder viajar para onde quero (e olha, não são lugares baratos e não fico mais em hostel… sorry, passei da idade e sim, sou chata) e que me dê condições de fazer o que gosto, principalmente ler, ver TV, ir ao cinema, teatro… coisas bobas e pequenas, mas é o que eu gosto. Não, não gosto de baladas, de loucuras… sou bem Sessão da Tarde, mas juro que sou legal ;D

Então acordei hoje pensando nisto… no que eu quero, e o que eu tenho que fazer para conseguir… óbvio que não sei se, conseguindo o que eu quero, terei a oportunidade de fazer as coisas que penso… Mas só tem um jeito de descobrir né? Chegando lá!

E sim, sei para onde estou indo… então sei quando chegar lá! Espero que não demore muuuuuito… Se bem que sei que demorará o tempo que tiver que durar…

No meio do caminho, vou treinando a paciência…

Alguém disse que seria fácil?

“Paciência e tempo dão mais resultado do que a força e a raiva.” La Fontaine.
(Frase e imagem tiradas do
 http://prcris.blogspot.com/2009_05_01_archive.html)